terça-feira, 25 de maio de 2010


Sim. Estou de volta... Já tinha me esquecido deste lugar tão especial. Deste pedaço de mim tão bem guardado, e ao mesmo tempo, tão compartilhado. Vim me fazer uma visita, quiçá servir um cafezinho para mim mesmo, por que não? Contar para mim o que tem acontecido nos últimos quatro meses e dez dias... Longos quatro meses e dez dias. Mas seria demasiadamente entediante, e eu não gostaria de matar-me de tédio, afinal, coisas que podem ser ditas com palavras se resumiriam a faculdades, trabalhos, provas, conservatório, ônibus lotados e cansaço... muito cansaço. Porém, poderia eu tentar expressar algo que vem me acontecendo há curtíssimos quatro meses e dez dias...

"No final dá tudo certo".
Nunca essa frase foi tão dita...
Nunca essa frase foi tão acreditada.

Nunca mergulhei tão profundamente
Em um oceano de águas tão calmas
Nunca me perguntei tanto:
"O que há de errado que está tudo tão certo?"
Nunca acreditei tanto na importância
Do sofrimento de ontem
Na felicidade do hoje
E na certeza do amanhã

Nunca acreditei no amor
Nunca havia conhecido o amor...
Nunca havia provado da sinestesia do teu beijo
Do calor do teu abraço
E da paz de tu'alma

Sempre te procurei
Mas estava preso neste quarto
O qual agora me reencontro...

Mas o doce som de tua voz me conduziu
E me conduz
Nessa música em tom de Fá
Nessa música sem fim
A qual dançamos sem pressa
A qual dançaremos por toda a eternidade
Que só está por começar...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Elementar meu caro Watson

Na arte da dedução é fundamental saber distinguir, dentre todos os fatos, quais são circunstanciais e quais são essenciais. (Sherlock Holmes)


Olhos fechados
Peito acelerado
Punhos cerrados

Perfume exalado
Desejos exaltados
Silêncio...
Que não foi quebrado

Nas mãos o tremor
O suor
O calor...

No pulso
O tempo
Que não dá tempo
De tornar eterno o momento

Elementar meu caro Watson
Na velha Londres há tantas belezas
Por serem descobertas
Tantos mares
A serem navegados...

Se circunstancial
Ou essencial
Ora, elementar meu caro...