
Saudade. Saudade de tempos não tão remotos, mas preciosos, que se foram, escorreram de minhas mãos tal qual líquido desejado e amado, que por mais que tentemos retê-lo, o esforço é inútil. Saudade de cheiros de cabelos, de cor de olhos, de jeitos de falar, de sorrisos, de brigas fúteis e efêmeras... Saudade de pessoas. Pessoas complexas em toda sua plenitude, pessoas difíceis, complicadas, pessoas como eu. Choramos, rimos, sonhamos, mas acima de tudo amamos... amamo-nos. Creio inutilmente no retorno, creio que só em sonhos hei de preencher lacunas. Espero, e enquanto espero, me envolvo mais, descubro mais, conheço mais, para me apaixonar mais, e de novo, e melhor, para finalmente, amanhã, sentir novas saudades. Ah saudades...